José Peseiro: «Foi um orgulho muito grande ser treinador do Sporting. Não consegui títulos. Peço desculpa a todos, e em especial ao presidente, pelo facto de a equipa não ter ganho tanto, mas também me lembro dos momentos de grande qualidade que demonstrámos em Portugal e na Europa. Ficámos perto da Taça UEFA,perdemos uma Liga a seis minutos do final e ficámos pelo caminho na Taça, todos se lembram como foi. Isso deu-me orgulho. Neste momento assumo o insucesso, sabendo que os jogadores vão dar a volta por cima. Gostaria que lhes dessem serenidade e dessem calma ao meu sucessor. Esta equipa precisa de confiança.»

Paulo de Andrade: «Nos últimos tempos houve grande pressão sobre mim e a SAD. Os elogios no final da pré-época, em que trabalhei com José Peseiro e Rui Meireles, todos eles que merecemos, de repente esfumaram-se. Os últimos 15 dias têm sido espantosos. Tudo é dito. Tudo é passado sem vergonha. Já tenho 53 anos, não vim para o futebol para aturar isto. O futebol precisa que as mensagens sejam verdadeiras. Hoje foi a difamação final. É um ultraje, um nojo, dizer que pedi indemnização para sair. Na segunda-feira de manhã confrontei Dias da Cunha com uma situação eviente: todo este clima tinha ultrapassado o que tinha imaginado. Mais do que Peseiro foi posto em causa. Transmiti a ideia que pouco seria resolvido com Peseiro, era preciso que rolassem mais cabeças, para dar tranquilidade à equipa. Tinha de dar a minha cabeça, com muito prazer a dou».

Dias da Cunha: «Como é possível blindar um grupo de rapazes novos, na flor da vida, muitos deles tendo feito uma evolução muito rápida que os sujeitou às mais diferentes pressões, sem pressão, longe da família? Como é possível, face aos insultos nos jogos?!».